Wednesday 11 March 2009

Imprinted on skin

Então, fiz outro vídeo. A maioria de vocês já o deve ter visto no youtube. Senão podem vê-lo aqui.
Este não é para Middlesex. Nasceu de uma sessão fotográfica aqui na sala que eu filmei para ser parte do homevideo cá da casa. Mais um dos registos da experiência londrina, vá. Mas a experiência da sessão fotográfica fez-me tornar as imagens noutra coisa. Isto das sessões fotográficas faz-me pensar bastante, tudo o que se passa antes, durante e depois, a preparação para fotografar, o acto em si, o que está antes de tudo isso.. e se calhar vou andar a aproveitar isto para algumas experiências Greenaway. Anyway, antes de dizer mais alguma coisa, aqui está o vídeo.



Então, primeira coisa. Isto foi criado a pensar na ideia de criar vídeo de curta duração e como unidade de significado. Daí uma montagem de associação de imagens e sons muito fragmentada, em que é a sucessão de planos que lhes dá significado. O vídeo é como uma frase, mas com duas orações - cada oração é um ponto de vista diferente, mas do mesmo ponto de vista espacial porque somos capazes de compreender várias verdades diferentes e equivalentes sobre uma mesma coisa. Isto é divertido.
Então, a primeira oração é a apresentação da impressão que é feita na pessoa/modelo pelo mundo exterior e o comportamento que este provoca. Daí, os vários pequenos ecrãs que se seguem uns aos outros como input imparável, formando um círculo na tela que obriga o espectador a seguir a construção. O som é da televisão que estava ligada na altura e foi captado pela câmara.
A segunda oração começa quando a própria pessoa/modelo interrompe a sucessão de imprintings em si própria com um insight do seu interior, daquilo que ela é independentemente do input que recebe a toda a hora. Daí partimos para dois grandes planos com outra atmosfera, sem som para se sentir a suspensão da pressão externa, que a observam mais intimamente. E boom. Fim. É uma unidade de significado condensada e de curta duração.
Experiment.

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