Tuesday 30 June 2009

Semana do FAA 2 começou hoje. Só vi três vídeos porque não deu para mais. Mas o resto vejo tudo e faço depois o relato e comentário. :)

Também vi hoje o Terminator 4, oficialmente Salvation. Não vale a pena comentar grande coisa, já se sabe para o que se vai naquele filme e já não é mau sair-se satisfeito.. (embora seja preciso alguma fé). Para o que eu queria mesmo chamar a atenção é para o facto do John Connor ter algo parecido com um blog, versão rádio, através do qual manda mensagens como um profeta para a resistência clandestina! É que nem são ordens militares, são partilha de conhecimentos e mensagens de esperanças, e no final, o apelo à confiança nele. Bahh.. Isto dito aqui neste mundo virtual nem parece nada de genial. Mas naquele mundo pós-judgement day é outra coisa. E é a mesma.

Friday 26 June 2009

Monday 22 June 2009

Stream of conscience no.182973982

Preocupa-me um bocado a minha posição como mulher. Preocupa-me conseguir ou não reconhecer uma atitude feminina nas minhas opiniões e acções. Não costumo pensar nas minhas opiniões como provenientes dessa perspectiva e é isso que me preocupa. Porque reconheço uma consciência e uma atitude femininas e no entanto não as acho predominantes no meu tipo de pensamento. Ou então não tenho capacidade para as reconhecer em mim porque estou completamente submersa nelas. Ou então porque as descarto. Se as descarto é porque devo achá-las inferiores, o que mostra uma atitude muito discriminatória da minha parte. Mas acho que devo a maior parte dos meus desgostos às minhas características mais femininas e portanto tendo a desconfiar delas. E porque é que considero essas coisas femininas é algo que o complexo de Electra explica melhor do que eu. De qualquer forma, não quero desvalorizar o género. O género como característica humana. Ou animal. Ou não sei, será que se pode considerar o género no animal, será que implica uma dimensão psicológica de tal ordem que não deva ser considerada no animal? Discriminação outra vez! A Clara que se controle senão ainda começa a dar valor ao homem de forma racional, e isso é loucura. O valor dá-se sentimentalmente, ponto. O que é que eu dizia no outro dia..? Os sentidos humanos são os cinco que aprendemos no terceiro ano, mais a razão, mais o sentimento, e são todos equivalentes. Todas as realidades existem paradoxalmente. E tanto faz. Baah..percebe-se porque é que os niilistas se tornaram todos decadentes.
Mas eu estava a falar de ser mulher.. Acho que não é muito feminino reconhecer que não existe valor, nem sentido, nem bem nem mal, nem ponte de forma alguma. Que cada um é e arrasta um mundo inteiro que é também, só para si. Não me parece muito feminino porque a atitude feminina está sempre muito activamente a reconstruir sobre estes valores, a exigir um caminho, a esperar comunicação!

Ou então não! Conheço muitas gajas que não são assim, mas isso é da educação, e da experiência. Lá no fundo, no fundo... Não sei.
Já escrevi este post há muito, e nunca o postei porque achei que ia ser incompreendido. Mas que seja. Também não sei se os outros foram compreendidos ou não e o que interessa aqui é espremer a esponja.

Sunday 7 June 2009

E ainda me perguntam se acredito na salvação...

Não sei até que ponto andam atentos a estas coisas, mas o mundo da robótica está aí com a força toda a rebentar de coisas ainda mais fantásticas que os écrãs interactivos ou as aranhas do Minority Report, pela única razão de que foram realmente desenvolvidas e criadas nas não sei quantas dimensões em que vivemos, e não apenas nas 4 (?) do écrã de cinema.
A Microsoft andava aparentemente de rastos, sem ideias, sem futuro (e apesar de este projecto ser revolucionário, não significa a meu ver que a consiga salvar) mas apareceu agora (no dia dos meus anos!) com o que chama Project Natal. Muito simplesmente, é uma tecnologia que permite interacção com a consola sem usar controlador, ou seja, a consola reconhece todo o corpo do jogador (dos vários jogadores, em simultâneo), a cara e a voz, recria digitalmente elementos reais para se acrescentar ao jogo, liga-se à internet e permite interacção online e partilha de bases de dados individuais. Palavras para quê? cada vez mais digo isto! Vejam mas é o video!



Completamente avassalador!


Mais, há uns tempos fiz um post sobre uma tecnologia que conseguia reproduzir o andar orgânico e inteligente. Ver aquilo é estar 3 minutos e meio de boca aberta, mesmo depois de já se ter visto. Mas já se está a tornar uma coisa tão 'aceitável' que já há vídeos a gozar com as peripécias que aquele robot consegue fazer! A gozar com a espectacularidade dos movimentos. Já está nessa fase...



E que filme é que acabou de estrear, nesta mesma semana!?
http://www.youtube.com/watch?v=zg9ooaozu-8

Não me digam que não vale a pena!

Friday 5 June 2009

these people from the 90s II

fotografia do daniel.

e quando nos apercebemos
já faz parte de nós
a transformação que nos revoltou
e a evolução já é outra.
já não há raiva
só ternura
e amor
no reconhecimento
da adquirição
- paz

antes da próxima queda.


Tive há uns tempos uma discussão com uma amiga sobre um candeeiro de lava. Começámos as duas por dizer que o candeeiro de lava era uma coisa mesmo fixe. Ela disse que gostava de ter um em casa. Eu disse que não porque apesar de ser fixe ia fartar-me dele. Ela ficou indignadíssima e disse que isso significava que eu só gostava de ter as coisas enquanto não me fartasse delas. Eu fiquei admirada por ela reagir tão fortemente a uma simples observação e de repente assustada de que a inferição que ela tinha feito fosse verdadeira. Pensei um bocado no assunto. Tenho a leve sensação de que as conclusões a que cheguei servem só para me descansar e esconder a razão que ela tinha. Mas eu costumo ser sincera comigo mesma nestas coisas. A verdade é que não gosto de desperdiçar a minha atenção por coisas que eu não considere verdadeiramente valiosas, por que não me apaixone. Mas quando isso acontece, não tenho reservas. No fundo, eu não levaria o candeeiro de lava para casa porque, apesar de lhe achar imensa piada, sei que não lhe daria valor suficiente. Mas se o candeeiro de lava fosse algo absolutamente valioso e fascinante para mim, é óbvio que o quereria levar. Basicamente, isto levou-me à resposta daquilo que eu quero na minha vida, e já sei que essa minha amiga que quer o candeeiro de lava em casa vai revirar os olhos ao ler isto, e o que eu quero é encontrar coisas, pessoas e ideias por que me possa apaixonar sem reservas.

Monday 1 June 2009

É de manhã e portanto...


Como no espectáculo de Haswell & Hecker ontem em Serralves, que reclama os sentidos e os provoca, é assim. Hoje faço anos e é assim que me parece que as coisas são. Como aquelas esferas com raios lá dentro, que ligam o centro aos pontos do vidro onde lhe tocam. Tudo a estimular, a atacar, a somar, a expandir. No Star Trek, a matéria vermelha cria um buraco negro que faz implodir o planeta - anti-evolução é implosão, fechar-se sobre si próprio até desaparecer. Anti-evolução é também deixar-se levar e ser apenas espectador. Nem sequer um espelho que reflecte, apenas presente. E no entanto, sabe bem. E estar apenas presente é coisa difícil de atingir, mas isso é outra discussão.
Evolução é transformação? É no mínimo uma resposta. E perguntar? Também. Há um ano eu dizia que o que se tenta prever, torna-se imprevisível. Acho que o que eu queria dizer mais precisamente era que o que se tenta planear, torna-se impraticável. Também disse que não há nada que definitivamente comece ou acabe. Mas muda, tudo muda. E querer é poder, sim senhor, mas não é dever e o dever é que me estraga tudo.
Queria fazer um post mais optimista no meu dia de anos, porque eu até sou uma pessoa optimista. Mas as realidades impõem-se. Espero que isto melhore até ao final do dia sem eu fazer nada estúpido e desesperado.

E o vídeo?