Wednesday 18 June 2008

Monday 16 June 2008

9 a 15 de Junho

Portanto, esta semana andei um bocado perdida sem saber bem o que fazer porque o relatório era uma seca (btw, já o fiz, demorei um dia inteiro! maldito) e acabei por ver esta mistura de filmes. Uns para passar o tempo, outros para acompanhar outros, outros por geekice. Go ahead and laugh, cuz I did.







ah, e este dos 88 minutos dá vómitos.

Saturday 14 June 2008

Revolução para o Dia de Portugal

Nesta semana tão estranha (ainda na ressaca de tudo), terça-feira foi Dia de Portugal.

Como sempre, o Presidente da República fez um discurso à nação, em que relembrou as obras do passado, apontou os caminhos do futuro e preveniu contra os problemas actuais. Nada mais pacífico e datado do que este tipo de discurso. Um discurso paternalista, absolutamente desnecessário e redundante.
Ora, para alguém chamado Clara, que tinha um relatório a fazer, horas que nunca mais passavam pela frente e a cabeça cheia de coisas ridículas, isto foi um prato cheio. Alguma coisa para resolver!
Já há tanto tempo que isto se diz que se tornou um clichê (e os leitores já devem conhecer a minha relação de amor/ódio com os clichês), mas de facto, esta intervenção do presidente da república tornou ainda mais evidente a desadequação de todo o sistema político com que vivemos ao mundo que andamos a construir.

Por que razão (válida, mind you) é que esta entidade há-de fazer um discurso destes no Dia dedicado ao nosso país? Se é um dia dedicado ao país, devia ser aproveitado para tratar dos assuntos pertinentes e concretos do presente e do futuro. Em vez do presidente, o primeiro-ministro deveria ter a palavra e claramente expôr reformas e políticas que o governo se preparasse para pôr em prática nos próximos meses e anos, para toda a população ter a oportunidade de estar efectivamente informada sobre o futuro do país.
Não me digam que ninguém se interessa. Mesmo que não se interessem, deviam ter a oportunidade de o saber simplesmente porque fazem parte de uma comunidade e essas decisões afectam a sua vida.

Mas realmente, o facto da falta de interesse pelo rumo político do país é preocupante. Eu própria, apesar desta conversa toda, estou dentro da equação. Não me interesso particularmente pelo assunto, nunca pertenci a nenhum grupo com ambições políticas (nem sequer me candidatei alguma vez a delegada de turma -risos por favor-) e não me identifico com a filosofia de nenhum partido em especial. Basicamente, porque não acredito neste sistema político. Está viciado e velho, tem de mudar.
É necessário envolver as pessoas. Demora tempo, décadas para dizer a verdade, e os resultados não vão ser imediatos e não vão ser bem recebidos a início. Mas tem de se começar por algum lado e pela forma borbulhante como a sociedade global muda todos os anos, talvez funcione melhor e mais rápido do que as expectativas.

Temos de ter uma atitude wikipedia - ter acesso a toda a informação e ter a hipótese de participar e contribuir, se assim o desejar. Ou seja, as propostas do governo deveriam ser apresentadas ao público em geral periodicamente (talvez de dois em dois meses) e levadas a votação nacional não obrigatória uma semana depois. O parlamento, como é natural, deixaria de ser necessário. Existiria apenas o corpo do governo que faria as propostas e levaria a cabo as resoluções da população e estes também seriam eleitos.
A nível local o esquema seria o mesmo, só que as apresentações/votações seriam mais frequentes (talvez de quinze em quinze dias).

Era uma questão de hábito. A pouco e pouco, o debate tornava-se natural. Dava-se oportunidade a quem a quisesse. Quem não a quisesse, podia continuar com a sua vida. Ao menos tínhamos todos maior consciência do nosso papel na comunidade e maior poder sobre o nosso destino. Aí já não me importava de ouvir discursos como os do tradicional Dia de Portugal.

Sunday 8 June 2008

As coisas que aprendi nas minhas últimas semanas de criança

1. o que se tenta prever, torna-se imprevisível.

e portanto o que eu tinha planeado deixou de fazer sentido e faço isto.
tive semanas muito intensas em que parece que vivi mais do que em meses. pensei que tinha acordado e se calhar entrei só em mais um sonho. preciso do que o fundo chama 'closure' para poder avançar. já aprendi o que tinha de aprender aqui.

2. é mais fácil dar do que receber.

e não vale a pena esperar por algo que não vai acontecer. foi o que eu disse tantas vezes. e também que temos que perceber a situação, decidir e agir. controlar. é mais difícil fazer do que dizer.

3. é uma questão de químicos.

é difícil voltar a encontrar um espaço meu, ou antes, é difícil voltar a reconhecê-lo. os amigos ajudam o que podem. o cérebro vai-se desfragmentando, porque ele já sabe o que precisa e eu confio nele. quando ele se desvia, porque muitos dos circuitos ainda estão programados para outra realidade, são os que estão de guarda que o voltam a pôr no caminho certo.

4. acima de tudo, é preciso ser verdadeiro e forte o suficiente para o ser.

e agora que já tenho dezoito anos, já está na altura de viver como acredito que se deve viver.


quanto ao resto...
falta o relatório (que é algo tão sem sentido depois de pensar isto tudo), o proficiency, a carta de condução, o procurar casa, abrir uma conta, tirar o cartão de saúde internacional, ir a um festival, comprar o bilhete de ida e fazer uma grande festa para ir para londres.
devo confessar que tenho medo das razões que me levam para lá... estou sempre atenta a qualquer sentimento de fuga que eu possa estar a sentir. não quero ir para lá para fugir, quero ir para lá para crescer. portanto vou resolvendo as coisas agora.

e filmes, que se nota tanto a falta que me andam a fazer, não tenho visto nenhuns, já há duas semanas... ontem uma tentativa frustrada de ver o Be Kind Rewind, do michel gondry. acho que vou repetir o esforço hoje, já que amanhã posso dormir à vontade. já nem sei se fico contente ou não por acabarem as aulas. nem me apercebi que acabei o secundário. nem me apercebi.

5. não há nada que definitivamente comece ou acabe.