Wednesday 14 October 2009

Pioneers

"Like Newton, Plateau experimented on himself and at the age of twenty-eight went blind from staring at the sun. After several agonizing months he partially recovered his sight, only to lapse permanently into blindness at the age of forty. Yet aided by his wife, Plateau continued to work on the problem of after-images until his death at the age of eighty-two. He invented the phenakistoscope, another model which dissembled movement (...) Ironically, Edison was deaf when he invented the phonograph and Plateau blind when he created a rudimentary form of cinema."

in A History of the Cinema: from its origins to 1970 by Eric Rhode; London: Penguin Books Ltd., 1976.

Tuesday 13 October 2009

Cinephilia 1

There are no adequate definitions of cinephilia online. Therefore, from now on I'll be collecting film moments to create a visual ongoing definition. Neat, ain't it?

First one: in Tropical Malady, by Apichatpong Weerasethakul.


Thursday 1 October 2009

"delete yourself, you got no chance to win"


Já há algum tempo que vou fazendo uma compilação, que no twitter tenho chamado Pillowbook List, que até agora ainda não tinha tentado justificar para mim mesma, pelo menos com palavras. Tem sido postada no twitter porque são pensamentos mais ou menos erráticos, que nascem de uma reacção interior (por vezes já muito mastigada e já quase não-relacionada) a acontecimentos exteriores, sem mais nenhum propósito a não ser registar uma individualidade que se manifesta sobre a generalidade.
Tenho pensado se não atingimos todos já o cúmulo do nosso egocêntrismo natural, de forma que qualquer acto ou palavra tenha de ser dita e feito sobre o ser individual e falar da generalidade já não existe. Actualmente somos, finalmente, uma massa de eus indistinguíveis, como era objectivo da nossa espécie tornar-se. E agora, espera-se o quê? Tanto quanto posso prever (e como é fácil este tipo de encruzilhada) tanto pode dar pra um lado como para o outro, ou seja, tanto se pode evoluir num sentido que tornará possível utopias que embora desejáveis só consigo ver com cepticismo (para já...) ou ter-se definitivamente dado o passo em frente para o abismo auto-destrutivo como faz sentido depois de alguma coisa atingir o seu propósito. Esquecendo as piadas apocalípticas que mando de vez em quando porque são mesmo só piadas, e tentando pôr de parte o sentimento que faz com que cada geração pense que é especial, parece-me realmente que o 'deixa andar' não vai andar para lado nenhum desta vez. Enquanto cada um vive a sua vida com os dramas legítimos que a cada um compete, parece que vamos todos de mãos dadas para o nada. Sucessos, feitos, alegrias, paixões...levam-nos como se com mini-cinemas a taparem-nos os olhos. E se me perguntarem se fico satisfeita com isso, respondo que sim, se as coisas me correrem bem, se me vir correspondida e necessária, capaz de responder a estímulos e absorver o mais que consiga, sim, satisfaz-me, mas isso sou eu, aos outros são outros fetiches que os alimentam. Mas seja o que for que nos diferencia, é sempre este branco omnipresente que nos rodeia, esta combinação perfeita de todas as coisas que nos fecha. Por outras palavras, que mais há atingir, se o eu, que inclui o outro, já foi atingido?


E assim meio à socapa depois desta conversa toda, conversa que só se pode ter mesmo de manhã ou então durante a noite, quero só mostrar algumas composições que também fazem parte da Pillowbook list. São também só retratamentos da realidade por um agente individual. Ou seja, neste caso, reorganizações minhas de experiências e formas reais. Que se baseiam não só na imagem, como em memórias e outras coisas indirectamente (não-)relacionadas.