Ontem entreguei outro projecto. Um exercício de continuity style em que duas personagens se encontrassem, trocassem um objecto e se separassem. Teve piada fazer isto. A princípio foi complicado arranjar uma storyline - sou terrível, complico demasiado e quero sempre falar de coisas conceptuais. Ainda por cima porque sou tão crente na teoria de que as pequenas coisas de ser humano são as que mais facilmente mostram verdades.. e pareço sempre incapaz de concentrar uma ideia numa acção. É tão fácil reconhecer.. e tão difícil conceber... Mas lá arranjei esta forma descomplicada de criar um storyboard em continuity style. Um misunderstanding meio cómico, uma coisa muito Coen. A ideia base foi o Mário que sugeriu por ser uma coisa interessante de filmar, eu achei piada, agarrei-me a ela e construí a narrativa. Preocupa-me esta dificuldade - será que complico demasiado e por isso não me sai nada facilmente ou será que me falta mesmo a habilidade de produzir uma história? Já na PAA tive este problema.. Neste vídeo preocupei-me bastante com a resolução da narrativa, como tinha sido uma coisa que não resolvi no da PAA. Consegui que funcionasse. Mas também não transmite nada para além de uma sensação agradável de reconhecimento dos pequenos desentendimentos cómicos da vida.
Agora tenho outra proposta e um argumento para escrever até quarta-feira. Usando um estilo self-conscious (peço desculpa, não me lembro da palavra em português e o google não está a emprestar-me o seu conhecimento), tenho de mostrar um diálogo em que uma personagem tenta convencer outra a fazer qualquer coisa. Por qualquer razão esta situação na minha cabeça está relacionada com revelações. O Joaquim chateia tanto a Joaquina para lhe fazer pataniscas de bacalhau (que ela nunca faz e ele que gosta tanto..) que ela acaba por lhe contar que não gosta de fazer pataniscas de bacalhau porque foi o que ela deu a comer ao Manel (seu antigo amante, verdadeiro amor e para sempre fantasma sobre a cabeça do Joaquim) que lhe provocou o envenenamento alimentar que o matou. De preferência algo menos idiota. . ...A física quântica insiste em meter-se no meio..mas de alguma forma faz tanto sentido. E agora que penso nisso.. se a matéria existe numa rede infindável de relações químicas que se influenciam directa ou indirectamente por que é que as experiências, que se traduzem em reacções químicas também (tão basicas como os zeros e uns dos geeks), não são também propriedade universal? O observador condiciona a matéria, a câmara activa o mundo, a presença altera a experiência. Janela Indiscreta, Blow-up, Cloverfield, REC. O que é visto e a quem o é permitido ver.
E lá está.. podia só filmar um caixeiro viajante a impingir os seus produtos a uma dona de casa maldisposta, mas ponho-me a pensar...
Agora tenho outra proposta e um argumento para escrever até quarta-feira. Usando um estilo self-conscious (peço desculpa, não me lembro da palavra em português e o google não está a emprestar-me o seu conhecimento), tenho de mostrar um diálogo em que uma personagem tenta convencer outra a fazer qualquer coisa. Por qualquer razão esta situação na minha cabeça está relacionada com revelações. O Joaquim chateia tanto a Joaquina para lhe fazer pataniscas de bacalhau (que ela nunca faz e ele que gosta tanto..) que ela acaba por lhe contar que não gosta de fazer pataniscas de bacalhau porque foi o que ela deu a comer ao Manel (seu antigo amante, verdadeiro amor e para sempre fantasma sobre a cabeça do Joaquim) que lhe provocou o envenenamento alimentar que o matou. De preferência algo menos idiota. . ...A física quântica insiste em meter-se no meio..mas de alguma forma faz tanto sentido. E agora que penso nisso.. se a matéria existe numa rede infindável de relações químicas que se influenciam directa ou indirectamente por que é que as experiências, que se traduzem em reacções químicas também (tão basicas como os zeros e uns dos geeks), não são também propriedade universal? O observador condiciona a matéria, a câmara activa o mundo, a presença altera a experiência. Janela Indiscreta, Blow-up, Cloverfield, REC. O que é visto e a quem o é permitido ver.
E lá está.. podia só filmar um caixeiro viajante a impingir os seus produtos a uma dona de casa maldisposta, mas ponho-me a pensar...
2 comments:
devias dormir mais
olha para mi que simples
Agora percebo porquê que de vez enquando me vem um cheiro a queimado... :D
Post a Comment