Depois da euforia do costume de final das férias, das parties e tal, normalmente vem o tédio... Odeio o tédio, portanto tive de fazer alguma coisa.
Li De Profundis, a carta que Oscar Wilde escreveu ao seu amante enquanto acabava a sentença de dois anos de trabalhos forçados. Condenado por "gross indecency", depois de ter sido ilibado duas vezes da acusação de "homosexual acts not amounting to buggery". Enfim, embora haja muito a dizer sobre a condenação de um homem por um crime de que no mínimo metade da população masculina inglesa era culpada, a homossexualidade de Wilde é a parte menos interessante da sua vida. Ele tinha muito para dizer. Considerava-se um génio, claro, portanto dizia tudo com muito gosto. Para ele, a Arte era uma questão de Individualidade que se ocupava do Prazer e da Beleza. De Profundis é muito interessante pois não só fala da relação horrível que teve com lord Alfred Douglas (que era uma peste insuportável menos aos olhos do Wilde) como mostra a reviravolta que a sua visão da vida e da arte levou. Não mudou de ideias, na verdade, mas viu tudo por uma nova perspectiva. Ele era um individualista demasiado inteligente para deixar de aproveitar a experiência. Recomendo o livro a qualquer um, mesmo não conhecendo bem Wilde. São palavras de uma pessoa real sobre si próprio e sobre a Arte.
Li também The God of Small Things, de Arundhati Roy. É engraçado porque desde pequena que tinha a sensação de que ia gostar deste livro, que já anda cá por casa há muito tempo. Não queria criar demasiadas expectativas. Touché.
É uma história sobre o amor. Sobre como se formam as personalidades e os modos de vida. Uma família indiana cristã, de casta superior e anglomaníaca numa Índia onde o comunismo cresce e as essências se perdem. Pelo meio de paixões e frustrações, andam todos perdidos. Tudo gira à volta de um acontecimento dramático que marca tragicamente a família. Somos levados por décadas para a frente e para trás entre as várias personagens para conhecer as pequenas coisas que os levaram a esse acontecimento. Todos os pequenos erros que o tornaram inevitável, sem ser culpa de ninguém. As pequenas felicidades também. Enfim, não há Bem nem Mal, há a vida como ela é.
Li De Profundis, a carta que Oscar Wilde escreveu ao seu amante enquanto acabava a sentença de dois anos de trabalhos forçados. Condenado por "gross indecency", depois de ter sido ilibado duas vezes da acusação de "homosexual acts not amounting to buggery". Enfim, embora haja muito a dizer sobre a condenação de um homem por um crime de que no mínimo metade da população masculina inglesa era culpada, a homossexualidade de Wilde é a parte menos interessante da sua vida. Ele tinha muito para dizer. Considerava-se um génio, claro, portanto dizia tudo com muito gosto. Para ele, a Arte era uma questão de Individualidade que se ocupava do Prazer e da Beleza. De Profundis é muito interessante pois não só fala da relação horrível que teve com lord Alfred Douglas (que era uma peste insuportável menos aos olhos do Wilde) como mostra a reviravolta que a sua visão da vida e da arte levou. Não mudou de ideias, na verdade, mas viu tudo por uma nova perspectiva. Ele era um individualista demasiado inteligente para deixar de aproveitar a experiência. Recomendo o livro a qualquer um, mesmo não conhecendo bem Wilde. São palavras de uma pessoa real sobre si próprio e sobre a Arte.
Li também The God of Small Things, de Arundhati Roy. É engraçado porque desde pequena que tinha a sensação de que ia gostar deste livro, que já anda cá por casa há muito tempo. Não queria criar demasiadas expectativas. Touché.
É uma história sobre o amor. Sobre como se formam as personalidades e os modos de vida. Uma família indiana cristã, de casta superior e anglomaníaca numa Índia onde o comunismo cresce e as essências se perdem. Pelo meio de paixões e frustrações, andam todos perdidos. Tudo gira à volta de um acontecimento dramático que marca tragicamente a família. Somos levados por décadas para a frente e para trás entre as várias personagens para conhecer as pequenas coisas que os levaram a esse acontecimento. Todos os pequenos erros que o tornaram inevitável, sem ser culpa de ninguém. As pequenas felicidades também. Enfim, não há Bem nem Mal, há a vida como ela é.
Entretanto comecei a ver Arrested Development. Que é engraçado. Tem a família rica e mimada e o pai corrupto que acaba na prisão e tem o filho certinho e nobre (que tem por sua vez um filho ainda mais certinho e nobre) que resolve os problemas todos, e os outros são todos chanfrados. Se não estamos sempre às gargalhadas, pelo menos chegamos ao fim sempre bem dispostos.
2 comments:
yah o meu tedio chegou cedo xD
vou fazer um post em rsposta ao teu :P
yah o meu tedio chegou cedo xD
vou fazer um post em rsposta ao teu :P
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